O grupo Circo Industrial e o comitê organizador da reativação do DCE Wladimir Herzog farão uma manifestação hoje, 31 de março, no pátio do campus Muniz Barreto, para relembrar a instauração da ditadura militar no Brasil.
Em 31 de março de 1964 o presidente João Goulart sofreu um golpe das forças armadas, que com o apoio da elite agrária, da classe média, dos industriais, da igreja católica e do governo dos Estados Unidos instaurou a ditadura militar. Um regime que conseguiu eliminar os processos democráticos do país por dez anos, durante o AI-5, institucionalizar o terror e calar de forma brutal os seus opositores. Torturas, estupros e assassinatos foram cometidos em prol do regime ditatorial brasileiro.
Até hoje centenas de famílias buscam pelos seus mortos, estigmatizados na figura do desaparecido político. E mesmo tendo o nome e sobrenome dos assassinos essas famílias não conseguem fazer com que eles sejam presos, pois os algozes estão protegidos por uma política do esquecimento promovida pelo estado brasileiro e pelos meios de comunicação. Segundo o deputado federal Jair Bolsonaro “o erro foi torturar e não matar” todos os revolucionários.
Enquanto a impunidade for uma política de estado pessoas morrerão no asfalto e nas favelas sem que os culpados paguem pelos crimes cometidos.
Pelos que morreram, pelos que perderam seus familiares na tortura e por nós, ditadura nunca mais!
O espaço Oi Casa Grande, situado na Rua Afrânio de Mello Franco, 290, no Leblon, promove esta segunda, dia 30 de março, das 19 às 22 horas, o 1° Encontro de Cultura Contemporânea. Na estréia do ciclo de palestras, o antropólogo Roberto DaMatta, debate com os doutores em antropologia Lívia Barbosa e Everaldo Rocha, e o jornalista Arnaldo Bloch, sobre "Entretenimento e Relações Sociais no Brasil Contemporâneo". A entrada é franca. Vale a pena conferir.
Informação extraída do site: http://www.overmundo.com.br/agenda/exposicao-rubem-grilo-xilografico-1985-a-2009-1
RUBEM GRILO Rubem Grilo - Xilográfico (1985 a 2009)A CAIXA Cultural Rio inaugura no dia 02 de março a exposição “Rubem Grilo – Xilográfico (1985 a 2009)”. A mostra, que tem curadoria do próprio artista, é um passeio pelos trabalhos realizados nos últimos 25 anos com o foco na produção mais recente de um dos mais importantes xilogravadores brasileiros vivos. Serão apresentadas 180 obras, sendo 167 xilogravuras e 13 matrizes, em sua maior parte inéditas e de tamanhos variados.
A mostra “Rubem Grilo – Xilográfico (1985 a 2009)” reúne uma etapa de grande autonomia da trajetória do artista e revela um Rubem mais profundo e amadurecido. Nesta mostra, o público terá a oportunidade de ver uma primorosa seleção de obras cujos temas e abordagens ganham ampla densidade e configuração dramática, adquirindo abrangências filosóficas. Paralelamente ao mergulho nas grandes questões humanas, seu processo criativo remete-se para o fato plástico essencial em sua obra: a linha gráfica na construção do espaço.
Rubem Campos Grilo é um dos principais expoentes da gravura do país. Realizou cerca de 50 mostras individuais e em torno de 100 coletivas no Brasil e no exterior, dentre elas duas Bienais de São Paulo.
No dia 28 de março, sábado, às 16h, o artista fará uma visita guiada na galeria juntamente com o lançamento do catálogo da exposição. A entrada é franca.
CAIXA CULTURAL Av.Almirante Barroso, 25 – Centro – Rio de Janeiro(RJ).
Exposição: “Rubem Grilo – Xilográfico (1985 a 2009)”, de 03 de março a 12 de abril de 2009, de terça a sábado, das 10h às 22h. Domingo, das 10h às 21h.Lançamento do catálogo e visita guiada: 28 de março de 2009, 16h, na CAIXA Cultural RJ – Galeria 3,
Curador: Rubem Campos Grilo. | Acesso para portadores de necessidades especiais.
Estréia hoje Anabazys, filme que gira em torno do processo de criação e produção do filme "A Idade da Terra", de Glauber Rocha. O filme, de Joel Pizzini e Paloma Rocha (filha de Glauber Rocha), aborda questões como o posicionamento político de Glauber e a polêmica causada pela reprovação do filme no Festival de Veneza em 1980.
A forma autêntica e delirante como Glauber conduzia as gravações de "A Idade" também é uma atração a parte. As motivações políticas, religiosas e estéticas que o levaram a fazer o filme são discutidas, assim como a narração ousada do filme, que reflete hoje no cinema atual.
Aliás, o estilo de Glauber Rocha é bastante explorado em Anabazys.
Uma hora e meia sem tirar os olhos da tela! Uma aula de cinema glauberiano. Impossível não ver.
Aonde: Unibanco Arteplex Praia de Botafogo, 316. Botafogo - Sala 5: 16h50 - Sala 3: 19h
Esta sexta-feira, dia 27 de março, é um dia especial para a cultura brasileira: o Brasil comemora o dia do Circo. Como não poderia faltar, o Circo Industrial acende as luzes e abre sua lona para homenagear uma das artes mais ricas do país, a circense.
O dia do Circo surgiu em homenagem à Abelardo Pinto, o palhaço Piolim que comandou o circo de mesmo nome por mais de 30 anos. A data foi instituída em razão de seu nascimento, dia 27 de março de 1897. Além de palhaço, Piolin era um grande ginasta e equilibrasta. O artista deu nome à primeira escola de circo do Brasil, criada em São Paulo, em 1977, que funcionava no estádio do Pacaembu.
O palhaço Piolim era engajado com os movimentos artísticos e culturais, sempre preocupado em divulgar a arte como forma de expressão cultural. Chegou a ser homenageado pelos intelectuais da semana de arte moderna (Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfati, e outros) em 1922, como o maior artista popular brasileiro. Um dos maiores sonhos desse palhaço era montar uma escola circense, para manter as tradições artísticas e culturais do circo, mas morreu antes de concretizá-lo, aos 76 anos de idade, no ano de 1973.
Hoje a arte circense respira dificilmente. A cultura que encanta pessoas de todas as idades - não há como parar para ver uma apresentação - sofre com os recursos da política moderna, principalmente a brasileira. O palhaço que já chegou aos seus dias de glória, hoje vemos pelas ruas, pedindo atenção ao público da rotina passante. O malabarista está nos sinais de trânsito, nas calçadas, aparado com um grande cartaz pedindo atenção. Precisamos de uma reviravolta no presente, para tentar reaver uma arte que nos faz tão bem e que chegaria em ótima hora, em meio ao caos e horror dos dias atuais. Precisamos do palhaço Piolim, do Carequinha, da música embalando a alegria, das luzes avisando que vem por aí mais um espetáculo. Precisamos ouvir "Respeitável Público" e esperar o show começar.
Os donativos recolhidos durante a campanha Circo Solidário, de fevereiro a março, no campus I da Facha, angariaram bons resultados para a casa da Tia Edith, bem como, para as pessoas atendidas pelo Dispensário dos Pobres da Imaculada Conceição.
Segundo a Irmã Arlete Martins Gualberto, que nos recebeu atenciosamente, o Colégio da Imaculada Conceição, onde está inserido o dispensário; é dirigido por Irmãs da Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, fundado em 1633, na França, por São Vicente de Paulo e Santa Luíza de Marillac para "servir o pobre, com humildade, simplicidade, caridade, quer nas obras que lhe são diretamente dedicadas ou em outras onde possam despertar multiplicadores da ação vicentina". O colégio foi fundado no Brasil em 08 de dezembro de 1854, a pedido da Imperador D. Pedro II.
Ainda segundo as informações fornecidas pela Irmã Arlete, o dispensário além de distribuir roupas e calçados, fornece diariamente banho e almoço, além de oferecer às quartas-feiras atendimento social, atendendo desta forma, cerca de duzentos moradores de rua. Faz-se nessa instituição também, com o apoio dos padres vicentinos, a distribuição mensal de cestas básicas, e um lanche, para mais de cinquenta pessoas moradoras do bairro de Botafogo.
Desta forma, as roupas que foram recebidas durante a campanha (setenta peças para adultos e trinta e quatro peças infantis), foram muito bem acolhidas pelas Irmãs do dispensário; e segundo a Irmã Florentina, assitente social da instituição e que trabalha no local há 26 anos, considera que são "iniciativas como essa, que moldam o verdadeiro caráter cidadão, tão em falta nos dias de hoje".
Que possamos dar continuidade a tal campanha, buscando não só consolidar os laços com instituições relevantes como o dispensário e a Casa da Tia Edith , mas também ampliar tal inicativa para os demais campi da Facha (R.Sorocaba, em Botafogo e no Méier); fazendo-nos canais úteis no bom desempenho do serviço social.
(alunos que participaram da entrega, ao centro a Irmã Arlete)
(Postado no blog: http://www.eagorajose.blogspot.com)
Nem tudo é uma porcaria
A faculdade onde estudo é onde eu não queria estar sempre. Não me agrada nem um pouco o visual Beverly Hills adotado num espaço que parece o quarto de empregada de tão claustrofóbico. Fora o vestibular semestral, que lota as salas, tornando as aulas e tudo mais difícil. Isso porque não disse que para respirar, você paga uma taxa de R$ 10,00!
Mas nem tudo é sofrimento. Existem pessoas bacanas fazendo coisas bacanas. Conheci o pessoal do Circo Industrial semestre passado no especial de 1968. Fiquei bem impressionada, porque eram pessoas que estavam "ali", presentes de "corpo e arte”. E não fazendo o estilolixando a unha, passando uma base e esperando secar.
Este ano eles fizeram um blog para expressarem idéias e registrarem as atividades do Circo . Prometi ao amigo Emerson (membro do C.I.) que iria dar uma olhada e quiçá participar! Porque sou entrona mermu! Entrei e adorei ver a documentação das ações e os textos lembrando de alguns fatos e pessoas relevantes da cultura nacional. Fiquei empolgada. Convido a darem uma conferida e a partir daí acompanharem: circoindustrial.blogspot.com
Depois de entrar no link, farei papel de mentirosa, porque nem parece que é a mesma faculdade qual arrasei no início.
Liana Dantas é carioca, pisciana,tem um blog chamado 'E Agora José?', cursa o 5º período de Jornalismo na Facha de Botafogo e tem medo de borboletas.
Em homenagem aos 70 anos de Glauber Rocha, a Associação dos Amigos do Tempo Glauber apresenta a “SEMANA GLAUBER ROCHA – 70 ANOS” que consiste em atividades como exibição de filmes do artista e documentários sobre seu processo de criação, leituras de cartas e textos pertencentes ao seu acervo com grupos de teatro, apresentações musicais, entre outras. Estas atividades serão realizadas na semana de seu aniversário dando início na segunda-feira dia 16 de março de 2009, às 15:00h.
Ao longo de sua vida, como artista, intelectual e cidadão, Glauber Rocha viveu intensamente, produzindo uma densa obra que o transformou numa das maiores personalidades do século XX. Sua filmografia, com 10 longas e 8 curtas, teve como compromisso os impasses cruciais de seu tempo e a luta pela liberdade, no Brasil, na América Latina, na Europa e na África.
Ideólogo do movimento Cinema Novo, Glauber revolucionou a linguagem do cinema contemporâneo. Sua expressão artística influenciou movimentos políticos e culturais dos anos 60 como "Maio de 68", na França, e o "Tropicalismo" no Brasil, entre outros.
Glauber Rocha deixou um precioso legado de idéias e criações, impressas em filmes, vídeos, livros e uma extensa produção que ainda hoje permanece inédita – poemas, desenhos, peças de teatro, romances, roteiros de filmes não realizados. Este patrimônio cultural está depositado na instituição TEMPO GLAUBER, sediada no Rio de Janeiro, que já se encontra em plena fase de recuperação. Cresce a cada dia a procura pela obra de Glauber Rocha, sobretudo para exibições de seus filmes no Brasil e no exterior.
Queridos amigos de Milagrez,
(...) A colaboração de vocês quanto a dissipação da obra do "Homem-cinema-novo-brasileiro", a pedido da própria direção geral do TEMPO GLAUBER, pois o TG, passa por alguns momentos de levantamento de verbas para que seja mantido o custo da preservação e armazenamento do fundo intelectual de Glauber. O acervo que é mantido por amigos, cineastas e pessoas ligados ao TEMPO GLAUBER, tem uma verba infíma de outros apoiadores etc..
Dê essa energia de colaboração no que for possivel, pois dia 20 de Março será sorteado dois Kit´s do Glauber, via loteria federal, com filmes da Fase 1 ( Maranhão 66, Barravento, Deus e o Diabo + catálogo "Revolução Baihana" + Cartaz full Banner de "Barravento" ) essa ação entre amigos custa apenas R$ 5,00, se puder colaborem. Está em meu poder o talonário para coleta desta ação entre amigos ou como quiserem.. "RIFA".
Saravah !
Hélio Rodrigues
21 9566.4212
Programação no Tempo Glauber - Rua Sorocaba, nº 190 – Botafogo :
16/03/09 – 2ª feira – às 15:00h - Leitura do texto “Senhor dos Navegantes”, de Glauber Rocha, com o grupo Tropa de Palhaços de Quinta - Exibição do filme “Barravento Visto Por...”, de Paloma Rocha e Joel Pizzini - às 17:00h - Exibição do filme “Barravento”, de Glauber Rocha - às 19:00h - Apresentação musical de AVA - às 21:00h
17/03/09 – 3ª feira – às 15:00h - Exibição do filme “Rocha que Voa”, de Eryk Rocha - Exibição do filme “Diário de Sintra”, de Paula Gaitán - às 17:00h
18/03/09 – 4ª feira – às 15:00h - Leitura do texto “A Conquista de Eldorado”, de Glauber Rocha, com o grupo Nós do Morro - Exibição do filme “Depois do Transe”, de Paloma Rocha e Joel Pizzini – às 17:00h - Exibição do filme “Terra em Transe”, de Glauber Rocha - às 19:00h - Apresentação musical de Negro Leo Trio (com os músicos Leonardo Campelo, Gabriel Balleste e Daniel Fernandes) - às 21:00h
19/03/09 – 5ª feira – às 15:00h - Exibição do filme “Milagrez”, de Paloma Rocha e Joel Pizzini - Exibição do filme “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”, de Glauber Rocha - às 17:00h - Debate sobre preservação, restauração, difusão e memória da obra de Glauber Rocha com Hernani Heffner, Fábio Fraccarolli, Mônica Paixão, Mauro Domingues e Paloma Rocha - às 19:00h
20/03/09 – 6ª feira – às 14:00h - Leitura do texto “O Destino da Humanidade”, de Glauber Rocha, com grupo Teatro de Extremos - Exibição do filme “A Idade da Terra”, de Glauber Rocha - às 16:00h - Cineclube Espaço Utopya, Curadoria Dario Gularte, com exibição dos filmes: “Depois das 9”, de Allan Ribeiro; e “Joanna Francesa”, de Cacá Diegues - às 19:00hs (debate com os diretores e homenagem ao cineasta Glauber Rocha)
A primeira quinzena de março levou à Facha reflexos do tão propalado choque de ordem, implementado pelo atual alcaide Eduardo Paes: dezenas de carros foram rebocados da frente da faculdade e o vendedor ambulante Léo, temendo a apreensão de seus produtos, afastou-se de suas atividades por uns dias, buscando a legalização de seus negócios.
Leonardo de Almeida Cabús, o conhecidíssimo Léo, marca presença na porta da faculdade há mais de trinta anos; fato atestado pela própria instituição, como comprova um documento emitido pela mesma e apresentado pelo próprio vendedor. O documento timbrado e devidamente assinado declara que o mesmo trabalha no local desde 1979, além de atestar sua idoneidade.
No intuito de conseguir uma legalização, Léo conseguiu reunir num abaixado assinado, mais de oitocentas assinaturas de estudantes da faculdade, que pedem a sua permanência e a devida legalização nos órgãos cabíveis, que deverão emitir um parecer até abril.
O próprio Léo considera o valor de sua permanência, não apenas pela “rede movimentada por um ambulante”, que atrás de si arregimentade “empresas de copos plásticos a fabricantes de gelo, bem como a própria empresa que vende as bebidas”; mas também pelo fato de inibir a ação de ladrões, uma vez que sua barraca é bastante visitada e com uma boa circulação de pessoas.
Espera-se do atual alcaide, que diferente dos factóides implementados pelo último, promova uma ordem que choque de fato o status quo; modificando desta forma, os anos de descaso pelo Rio de Janeiro, que quebre paradigmas e antigas chagas e assim, consolide não só a ordem, mas a organização e principalmente, cuide da cidade, sendo esta última, função primeira de toda e qualquer prefeitura.
Ah! E a questão do reboque dos carros pede um comentário à parte não? Que tal dar voz aos que tiveram seus carros apreendidos? Portanto, esperam-se aqui os comentários.
Fizemos hoje, 7 de março de 2009, a entrega dos mantimentos, doados pelos alunos da Facha (Campus I), para a Casa da Tia Edith.
De fevereiro, para início de março, os alunos contribuíram com: 10Kg de arroz, 5 Kg de feijão, 5 Kg de macarrão, 1 Kg de fubá, 1 Kg de farinha, além de pacotes de biscoito e geléia.
O grupo Circo Industrial agradece pela contribuição de todos, entendedores que somos; que é este espírito de comunhão, que integra, simboliza e explica a própria Comunicação. Como o aspecto cidadão deve ser um aprendizado constante, vimos aqui, um exercício interessante; que pode desdobrar-se em muitas outras possibilidades.
Ah! As crianças mandam felizes obrigados!
Instituição - Casa da Tia Edite. Rua Cristóvão Penha, 27, Piedade - tel. 3899-8231.
Quem consegue reconhecer este pátio escuro e sombrio ? Embora esteja tudo escuro, lembrem-se... Só na sombra pode haver o surgimento da luz.
Este foi um dos projetos desenvolvidos e realizados na FACHA no ano de 2008, pelo Circo Industrial, e por todos que participaram com suas colaborações...
O Evento "1968 - Uma liberdade com expressão" deu o que falar...
Lembrem-se, a muito tempo que não se via algo dessa maestria acontecendo em nosso (ex-)abandonado pátio...
Nessa homenagem que fizemos ao revolucionário ano de 68, tivemos palestras com grandes nomes da contemporâneidade brasileira, desde nosso querido Hélio Alonso, fundador da FACHA, até renomados artistas, grandes pensadores e figuras históricas de nossa época. Vale citar alguns exemplos...
Regina Zappa, Ernesto Soto, Joel Pizzini, Vladimir Palmeira, Elias Fajardo, Eryk Rocha, Jorge Mautner, Nelson Jacobina, Milton Coelho da Graça, José Eudes, Sady, Julio Miranda, Ana Arruda Callado, Marcelo Yuka, Caetano Veloso(entrevista gravada pelos integrantes do Circo), Arthur Poerner e Volga Jacq.
Essas foram só as palestras, de muitas outras atividades que desenvolvemos em toda a faculdade durante uma semana inteira. Em uma das salas, foi feita uma exposição reproduzindo a arrumação de uma sala de estar da época(déc. 60), o espaço PHOTO 68, tivemos também uma exposição conceitual de arte contemporânea no DCE, com a reprodução de uma sala de edição de jornal, mais especificadamente, o escritório do nosso querido Wladimir Herzog, jornalista torturado e assassinado durante a ditatura militar. Tivemos também uma incrível adaptação da biblioteca em uma sala de cinema, o CINEMATÓGRAFO 68, com exibições de filmes nacionais do mais requintado gosto, filmes de grandes diretores como Glauber Rocha, Silvio Tendler, Helvécio Ratton, Sílvio Da-Rin, João Batista de Andrade, Tetê Moraes e Martha Alencar. E também uma de nossas principais atrações no pátio foi o Mural Manifesto, com um instrutor de grafite que estuda Belas Artes e que reproduziu imagens de Marthin Luther King, Caetano Veloso, Wladimir Herzog, Glauber Rocha e muitas outras... como foram muitas e espero não estar esquecendo nenhuma das atividades, finalizo com uma das exposições que foi realizada no pátio, onde fizemos a demarcação do antigo Palco Chico Buarque(Piscinão), que foi retirado de nosso pátio e já não existe mais, e que teve também fotos de grandes nomes que passaram pelo palco quando a FACHA tinha atividades culturais regularmente e todo dia podia haver algo de novo surgindo das mentes ávidas dos estudantes de Comunicação Social.
Nós do Circo Industrial não temos como descrever como foi boa a sensação de participar de algo tão emocionante e belo, e de envolver todos vocês em nossa viajem pelos caminhos Circenses da vida e dela arrancarmos as lágrimas e deixarmos só os sorrisos nos rostos de todos.
Obs: Deixo para vocês mais um vídeo e algumas imagens que valem a pena ser relembradas...
Um abraço, e que a vida de todos seja cheia de sorrisos e alegrias que nos façam ver o valor da flor, e a grandeza de pequenos atos de fé e de amor...
Ass: Bruno Panetti (porém, tenho certeza de que todos os integrantes do Circo assinam comigo)
(As impressões da participação no bloco Beijamim no Escuro, para portadores de deficiência visual, no Carnaval de 2009)
Sentir-se sozinho, isolado do mundo, apartado de determinados confortos, que só poderiam ser plenos com as faculdades plenas; talvez sejam pensamentos que ocorram em muitas pessoas, independente de seu estado físico e psíquico.
Volta e meia, ocorre-me a idéia de subtrair, passageiramente, um dos sentidos que possuo. Assim, por várias vezes, tateio o escuro, propondo-me a execução de certas tarefas sem luz; é uma brincadeira, um passa-tempo, um exercício. Não tem um propósito específico - assim como toda brincadeira, mas faço com certa assiduidade.
Outra vez, pintei um quadro, para presentear uma amiga em seu aniversário, mas fi-lo também na escuridão, no breu. Experiência formidável, que além do produto final - o quadro, fez-me perceber que há sim, outras possibilidades. Que nada, por mais falível e dificultoso, não possa ser trabalhado, e desta forma, transmutado. E assim, o permitir-se para que qualquer ato se faça possível.
Outra experiência, que subtraiu-me dois de meus sentidos, voluntariamente, foi quando numa viagem à Chapada Diamantina, visitei uma caverna; e ali, lá dentro, na ausência de luz e de sons, senti-me afrontadamente solitário, de uma solidão que nos põe em contato conosco apenas. Ouvindo-nos ou olhando para dentro. Foram instantes, momentos medidos e passageiros, mas que me fez perceber o quão poderoso é o nosso potencial para ativarmos nossas ferramentas orgânicas, possibilitando-nos superar as dificuldades e as condições desfavoráveis.
Nesse Carnaval de 2009, ao participar de uma das poucas atividades que fiz, saindo na terça-feira gorda no bloco carnavalesco Beijamim no Escuro, composto em sua maioria por portadores de deficiência visual, seus respectivos parentes e demais convidados; portando uma uma fantasia inusitada (para além da cartola do Manisfestante Contestador, que já portava), coloquei óculos escuros e uma bengala retrátil e personifiquei ali, um dos meus colegas do Instituto Beijamin Constant. E assim, permiti-me brincar no Carnaval, exercitando algo que já fazia em casa, mas desta vez, na rua; e com os olhos sob os óculos - muitas das vezes de OLHOS FECHADOS, perambulei ao som do samba e deixei-me conduzir e conduzi o bloco rua à fora.
Foi rico e iluminado verificar (e ali naquele momento foi propício), que nunca se está definitivamente sozinho, quem outras possibilidades pode realmente experimentar.
No primeiro dia de aula do primeiro semestre de 2009 da FACHA, dia 9 de fevereiro, o Circo Industrial levou sua energia e seu barulho para apresentar o grupo aos alunos e calouros. Com muita alegria e descontração, entregamos os nossos informativos e demos início ao recomeço de um trabalho cultural dentro da faculdade.