domingo, 21 de junho de 2009

Escola da Artes Visuais do Parque Lage - O Jardim da Oposição

Exposição que documenta os cursos da Escola de Artes Visuais na época do desbunde, nos anos 70.

Maiores informações:
http://www.eavparquelage.org.br/jardim.html

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ato pelo Diploma de Jornalismo

DIPLOMA DE JORNALISMO: SIM!
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=91159985

RJ - Dados confirmados
Concentração: ABI
Horário: 10h
Data: 22/06/09
Usar Traje preto, levar um canudo simulando diploma, cartazes.
O movimento vai andar da ABI até o Palácio Tiradentes.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

SÉRIE SOBRE O GOLPE DE 64 SERÁ EXIBIDA NA TV BRASIL

A série "TRAVESSIA", de João Batista de Andrade, realizada para a TV Brasil, entra em cartaz hoje. São cinco capítulos, que vão ao ar até sexta feira (19 de junho), sempre às 20:30 hs, na TV Brasil.

Augusto Boal (esq.), que morreu em maio deste ano, participa da série


A série (que se tornará depois um longa-metragem) faz um levantamento de forma nova: de como o golpe de 1964 entrou em nossas vidas, como nos modificou, como realizamos essa "travessia" até a redemocratização. São depoimentos pessoais de gente conhecida, também de pessoas que passaram ao largo dos conflitos vividos por nós e de pessoas em lados opostos. São histórias de vida e reflexões a partir dessas vivências pessoais. E, para terminar, a perigosa travessia dos que precisaram fugir do país pelas fronteiras, como o próprio Luiz Carlos Prestes (travessia contada pelos então jovens estudantes que o levaram para o Uruguay). As primeiras informações de "Travessia" estão em http://www.tvbrasil.org.br/travessia/default.asp

Estão no filme:
- José Celso Martinez Correa ( autor, ator de teatro)
- Jean Claude Bernardet (autor, ator e critico de cinema)
- Maria Paula Caetano (organizadora das "Marchas da Família com Deus Pela Liberdade" em 1964)
- Augusto Boal ( autor e diretor de teatro)
- Aloysio Raulino -cineasta que, quando estudante levou Luiz Carlos Prestes para o Uruguai)
- Luna Alkalay - cineasta que, quando estudante levou Luiz Carlos Prestes para o Uruguai, com Aloysio
- Carlos Lyra (musico)
- Chico de Assis ( autor e ator de teatro e cinema)
- Almino Afonso ( ex Ministro do governo João Goulart)
- Wladmir Pomar (ex-dirigente PC do B)
- Carlos Eugênio Paz ( escritor e e-x militante ALN)
- Marco Antonio Tavares ( ex-dirigente PCB)
- Armênio Guedes ( ex-dirigente PCB)
- Clara Sharf (viuva de Carlos Marighella)
- Gildo Marçal Brandão ( jornalista, ex-militante PCB e pesquisador)
- Rodolfo Konder - jornalista
- Djalma Batista - cineasta
- Luis Tenório de Lima ( ex-sindicalista)

Divulgação: Oeste Filmes

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O STF julgará recurso contra o diploma dia 17 de junho

Adiado na tarde de 11 de junho, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a exigência do diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, foi remarcado para o dia 17 de junho. A Executiva da FENAJ reúne-se neste feriado de Corpus Christi para traçar novas estratégias da campanha em defesa do diploma neste momento decisivo para o futuro do jornalismo brasileiro.

Às 16h30, de 10 de junho, quando acompanhavam a sessão do Supremo Tribunal Federal, dirigentes da FENAJ foram informados de que o julgamento do processo sobre o diploma havia sido adiado, mas sem previsão de quando retornaria à pauta. Como a pauta das sessões é definida sempre na semana anterior e amanhã é feriado, a nova data foi definida nesta noite.

Outras matérias ordinárias também estarão incluídas na sessão da próxima semana. Mas a perspectiva é que com a definição da nova data o recurso sobre o diploma seja efetivamente apreciado. Às 9h desta quinta-feira, a Executiva da FENAJ, que está em vigília permanente, definirá os novos passos desta luta. O GT Coordenação Nacional da Campanha em defesa do Diploma também se reúne neste feriadão para tratar do assunto.

Com o processo de mobilização dos apoiadores da campanha intensificado nos últimos dias, a FENAJ e a coordenação do movimento esperam que as manifestações e articulações de novos apoios multipliquem-se com velocidade até o dia do julgamento.

“O fim da exigência do diploma para o exercício do Jornalismo significaria um grande golpe em nossa regulamentação profissional”, destaca Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e componente da coordenação da campanha em defesa do diploma. “Não podemos deixar que os destinos do jornalismo no país fiquem ainda mais à mercê dos interesses dos donos da mídia”, diz. “Nossa expectativa é de que o STF se posicione pela manutenção da obrigatoriedade da formação. Mas para que isto se confirme, precisamos, todos, seguir firmes na luta”, conclui.

Fonte: FENAJ
http://www.difusora1340.com.br/noticia.asp?id=7591

Difusora 1340 / Iramar Ferreira

sexta-feira, 5 de junho de 2009

e-brigade: um exemplo para o Dia Mundial do Meio Ambiente e Ecologia

e-brigade, obrigado!

Emerson Menezes, estudante de Jornalismo

Neste 5 de junho, dia Mundial do Meio Ambiente e Ecologia, é importante refletir sobre as iniciativas de uma empresa brasileira de sucesso, que em mais um gesto empreendedor, vislumbrou na natureza uma aliada e não a simples fornecedora de matéria-prima.

Num mundo onde as iniciativas de atuação na responsabilidade sócio-ambiental, por menor que sejam, são sempre salutares e muito bem vindas, é importante que se dê o devido valor às propostas fomentadas no setor privado; pois até mesmo o governo, trava com certa dificuldade - o assunto é espinhoso e internamente contraditório – das regulamentações necessárias para o devido encaminhamento das questões ambientais; como se verifica no caso da demarcação da Reserva Indígena Raposo do Sol e as últimas questões, referentes à regularização das terras da região amazônica (Projeto Amazônia Legal).

A opinião-pública, por sua vez, busca cada vez mais, por informações que a adéqüem e a orientem no sentido de consumos mais eficientes e ambientalmente aproveitáveis. E assim, a sociedade clama pelo cuidado, com aquilo ao qual não apenas está inserida, como, também, necessita para sua própria sobrevivência.

Desta forma, como é grande o número de iniciativas de cunho sócio-ambiental, que vai de instituições governamentais à ONGs, que se preocupam com estas questões, é importante focar nas iniciativas privadas de sucesso e que devem ser tratadas como modelo disseminador, para que este mundo se faça de fato possível e todos, incondicionalmente, sejamos agradecidos por isso.

Sob a coordenação de Oskar Metsavaht, dono da Osklen, que em si já é um exemplo de superação, pois começou da adversidade de vender casacos de frio, na ensolarada Rua das Pedras, em Búzios; que se vislumbra a e-brigade. A e-brigade extrapola as questões pertinentes a uma grife de moda, vai além. É um Instituto e, como tal, avança em seu fecundo papel de comunicar à sociedade sobre as novas possibilidades de consumo consciente, elaborando normas, condutas e práticas ecologicamente sustentáveis. Assim, a utilização de materiais de origens recicladas, orgânicas, naturais e/ou artesanais, produzidos por comunidades (indígenas, quilombolas e ribeirinhas), e cooperativas, atreladas à própria indústria; são as circunstâncias que tornam esta empresa no diferencial do mercado.

Não sou um garoto-propaganda dessa empresa, e muito menos um consumidor voraz de seus produtos. Mas como todo estudante de Jornalismo, aprendo que, apurar uma matéria, não só lhe dá vigor, como consistência; busco, portanto, o conhecimento, para disseminar e propagar a todos que há sim, outras formas de fabrico e consumo, para que respeitemos a natureza, pois, com/como ela gostaríamos de ser respeitados, deixo abaixo o link da mesma, pois este assunto é muito promissor e cabe que saibamos mais.

Neste dia Mundial do Meio Ambiente e Ecologia não posso, portanto, abster-me de agradecimentos, pois todos nós somos partícipes neste processo: por suas valorosas iniciativas e contribuições, por suas orientações com a Carta da Terra, por suas práticas atreladas à Agenda 21 e por seus esforços de ampliação do Protocolo de Kyoto, obrigado e-brigade!
http://www.e-brigade.org

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Espaço aberto para os alunos que produzem - Prata da Casa da Facha

Bem-vindos à Muniz Barreto

Rua Muniz Barreto, 55, é o número do seu futuro. Neste local acontece todo o processo para você se tornar melhor do que é - pelo menos um pouco. Não devíamos, mas confiamos em lugares que freqüentamos rotineiramente, como se uma bolha mágica de proteção se formasse pelos anos de relação e vínculo que adquirimos como personagem deste cenário.

Ontem, dia 4 / 6, um dia frio e uma típica quarta-feira estranha em "Beverly town" (Campus I) após o intervalo: umas pessoas aqui, outras lá e na porta, peças de sempre como a 'moça da pipoca' e Leo, o eterno fachista. Registrei um momento em que ele falava, inclusive, de Vinicius de Moraes (!?!) para um grupo de colegas meus do blog “Banheira do Vinicius”, para disciplina de Documentação Gráfica, do qual sou editora junto a outros. Estava tudo muito interessante, intrigante e antropológico - como sempre é.

Num frio canadense como este que está fazendo, pensei que seria ótimo tomar um capuccino (café, chá, até água quente mesmo) com os amigos, também alunos de B.T e fizemos o que qualquer ser humano poderia fazer: andar! Seguimos pela rua Muniz Barreto, sem iluminação, para dobrar numa esquina e naturalmente sair na Praia de Botafogo. Enquanto andávamos, pivetes do outro lado da calçada notaram que não tínhamos notado a presença deles. Um atravessou, apertamos o passo, ele também apertou, apertamos mais ainda e atravessou o outro, que iria "ajudá-lo", provavelmente. Corremos.

Parecia uma releitura do filme “Dançando no escuro” de Lars Von Trier, só que o nosso era “Correndo sonolentos e cansados dos pivetes no escuro”. Não ganhamos nenhuma indicação para o festival de Cannes, não tinha um diretor para gritar “corta”. Conclui-se, então que a RIOLUZ poderia se chamar RIOTREVAS? Assim, o mercado de lanternas e pisca-pisca de árvore de natal iria crescer bastante e a Rua Muniz Barreto iria ser exemplo de workshops de “como usar tecnologias antigas para nos safar das situações atuais”. Não basta somente pagarmos mensalidade e estudarmos, temos de ser um pouco Chuck Norris.

Como diz um comercial por aí: "Essa é a nossa vida, esse é o nosso mundo", essa é a Muniz Barreto.




Liana Dantas é carioca, pisciana, tem um blog chamado 'E Agora José?', cursa o 5º período de Jornalismo na Facha de Botafogo e tem medo de borboletas.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Com Chacrinha e Baudelaire

Arthur Poerner*

Internauta de primeiras viagens, com menos de dois anos de navegação, já há algum tempo venho sendo estimulado por amigos e leitores a criar um blogue (assim mesmo, antropofagicamente aportuguesado). Afinal, segundo eles, com quase meio século de jornalismo, eu deveria dispor de um espaço próprio para dar o meu recado e expressar as minhas opiniões, fora dos eventualmente disponíveis nas palestras e na mídia. E a internet abre, democraticamente, o caminho para isso, na medida em que proporciona a todos a alternativa de deixarem de ser apenas passivos consumidores de mídia. Não há contra-indicação: se todos resolvessem construir blogues pessoais, o único inconveniente possível, mas improvável, é acabarmos falando sozinhos, mas o monólogo ainda seria, diante da vida, opção mais criativa do que a postura de inércia da maioria dos meros leitores, ouvintes e/ou telespectadores. A participação é, afinal, um dos pressupostos não só da democracia, mas da própria vida.

Também há tempo, no entanto, ando ocupado com três projetos de livros: a 2ª edição do Leme: viagem ao fundo da noite; a gravação das minhas memórias; e uma coletânea de artigos publicados ao longo da carreira, por sugestão do meu amigo Michel Misse, professor de Sociologia do IFCS/RJ e também escritor. O blogue seria, portanto, um quarto item numa agenda que já me absorve por inteiro, ainda que não me obrigue a postagens diárias.

Foi nesse momento de avaliação dos prós e contras que se fizeram ouvir, dos desvãos da memória, dois argumentos decisivos e definitivos: “É preciso ser um homem do seu tempo” (Charles Baudelaire) e “Quem não se comunica se trumbica” (Abelardo Barbosa, o Chacrinha). Vozes distanciadas pelo tempo em que viveram e, inclusive, dissidentes – por exemplo, quanto ao domingo, pois o francês detestava o dia da semana em que o pernambucano atingia o orgasmo do seu protagonismo midiático – confluíram, assim, para me engajar, às vésperas dos 70 anos, numa nova experiência, um novo aprendizado.

Não quero me trumbicar, deixando de me comunicar e de ser um homem do meu tempo. E o blogue está aí, fundindo, numa síntese dialética, os artigos que continuo coletando do passado com as impressões, imagens e opiniões do presente. Desde já, com inquietante saudade do futuro, da completude que ainda está por vir.

*Arthur Poerner é jornalista e participou do evento "1968: uma liberdade com expressão". Colabora com o grupo Circo Industrial.

Confiram: http://arthurpoerner.blogspot.com/