quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Trote sem galope

A elite nacional discente vem replicando continuamente a forma mais estúpida de integração entre veteranos e novatos nas universidades e faculdades deste solo pátrio, o abuso de reconhecimento ou os reconhecimentos abusivos.

Em tempos de várias crises, os velhos hábitos desse “rito de iniciação”, traduz a humilhação e o recesso de raciocínio realizador desses acéfalos pensadores, ora acordados, ora pertubados com os atos de seus “caldos”, num jubilado alimento acíclico de comportamento atual. Distante do mundo real, as faculdades também pouco punem este tal de poder empirista, e de geração em geração, pouco há preocupação com o fato ( tem que colocar alma na “Massa” ) As reflexões quanto a soluções mais aprazíveis ao trote, sinalizam propostas a serem geradas em sala de aula por parte dos professores também. Há também os que raciocinem que exista vingança ( sobre quaisquer aspectos ) vitalícia de um calouro.

A embriaguez em espiral destes homens do século passado, não chega nem perto de um socialismo etílico decente com a adequada civilidade e solidariedade. Pois os cartuchos de tempo gastos de hoje, não nos permite perder assim tão rápido a nossa atuação como cidadão. Pintar e raspar a cabeça e até embriagar-se para esquecer um mundo em implosão, não onera o fato de que o trabalho solidário – com ações comunitárias – possam ser desinteresses atuais dos “antigos” recém universitários e suas atuações nos campi.

A face solidária do Grupo Circo Industrial é trazer a responsabilidade abrangente com a SOLIDARIEDADE dentro de um espaço acadêmico, como um afago reconhecedor de um eterno novo produto, sempre disponível dentro de cada um, a consciência multifocal. O Círculo de um trote solidário é despertar o interesse de ecumenizar um plantio de uma árvore, a limpeza das areias das praias, a doação de SANGUE DE TODOS OS TIPOS, e o cuidado com o próximo. Aniquilar essas virais diferenças babacas, que só geram ambiçõesozinhas cegas nos imediatismos burgueses é a proposta de choque de coragem do Circo Industrial.

Até um sorriso solidário decora a esquina dos futuros mananciais de potência solidária. Em vez de trote, "brote" um ser “colaborATIVO”. Use um par de abraços.


Hélio Rodrigues
Texto dedicado a Edison Hsueh mais um "aprovado" na “Amnésia Express” de vosso país.

2 comentários:

Anônimo disse...

De fato é triste presenciar fatos como este, trotes que mais parecem rituais de sacrificio. sinceramente, nao sei o que leva uma pessoa a humilhar, escarnear e ate mesmo agredir uma outra que, futuramente pode se tornar um companheiro de trabalho. o pior de tudo, é que esses serao os futuros medicos, advogados e professores do nosso pais. ja que os bons, em pouco tempo, querendo ou nao irao deixar esse mundo. atitudes de alunos universitarios como essas que aconteceram nos trotes das faculdades publicas, nos atingem assim como tambem nos atingiu a noticia de que em um cruzeiro de formandos de medicina, havia no cardapio, ecstasy, lsd e outras drogas... de fato acoes solidarias nos trotes sao de muito mais valia e inclusive ajuda a elevar o nome da instituicao de ensino em que voce estuda. gostei muito da linguagem do texto, e parabens mais uma vez pela atitude.

Circo Industrial disse...

É um ritual, que deplora os estudantes de qualquer faculdade, e também profissionais de muitas profissões e até de instituições públicas...

Vemos de vez em quando no jornal algumas reportagens sobre o assunto, estudantes de faculdades que sofrem graves lesões. Recentemente uma grávida de 3 meses foi queimada num trote por uma estudante do curso de pedagogia.
Link para a reportagens:
http://news.google.com.br/news?pz=1&ned=pt-BR_br&hl=pt-BR&q=gr%C3%A1vida+queimada+faculdade

Uma estudante de 18 anos foi queimada com uma mistura de gasolina e creolina num trote de uma faculdade no interior de SP. A Fundação Municipal de Educação e Cultura (Funec), em Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo. Dia 9 de fevereiro de 2009.

Esse tipo de tortura, física e psicológica, que vemos também em filmes como Tropa de Elite, na admissão ao Bope, mostra como isso é comum nas corporações da polícia militar.

As reportagens sobre o exército e seus tradicionaoi ritos de passagem e admissão...

Na verdade vemos em toda a história, em sociedades, tribos, grupos, instituições, e até no círculo familiar, esses ritos de passagem e exposição do novato à dor, ou ao ridículo.

Mas em relação ao trote da nossa faculdade(FACHA), considero o pessoal atual, até legal, pois com as prendas(mesmo algumas sendo ridículas, como chupar chokito?!?!)
eles conseguiram envolver o calouro em um "joguinho".
Nesse ano de 2009, nós do Circo fizemos uma campanha para arrecadação de doações, e com a colaboração do pessoal do Trote, realmente os calouros participaram, e isso foi muito legal...

Esse tipo de participação mútua, e de colaboração entre amigos, é a verdadeira intenção do Circo... diferentemente dos grupos de Trote, o que acho meio estranho...

Isso sim eu falo e critico... quando é pra zuar, então tem que zuar geral... se não é foda!
Não tem panelinha, é todo mundo no mesmo barco... a comissão só serve para satisfazer a todos, é por isso cansei de participar de comissão de trote, pois o trabalho, é o de satisfazer todos(e isso estressa) os novos alunos e os veteranos, numa iniciação de período, realmente legal.
Mas infelizmente as vezes não vemos essa harmonia e alegria geral, com tudo as limpas entre a galera..

Hoje em dia não tenho mais saco nem de ficar no bar bebendo, pois os joguinhos de controle e o numero de pessoas afobadas e descontroladas pelo clima atordoante que é gerado pela ansiedade de beber, torna aquele lugar, num antro de pessoas loucas, sem um comportamento adulto e acadêmico, nem preservando uma instituição séria e com valores a preservar...

Mas depois do desabafo...

Vamô q vamô

Bruno Panetti