segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

As vozes do coletivo

Do indivíduo para o coletivo. A ordem é esta. Depois de um desfecho desagradável ao indivíduo, sua revolta se faz dentro do coletivo, harmonizando o seu desejo de mudança com outros, que pretendem o mesmo. Esta é uma das maneiras do presente mudar o futuro, de algum projeto surgir para que um fato consiga se revirar em uma história. A seleção natural dos acontecimentos.

Os problemas são muitos: privatização da cantina e o aumento de seus preços, a constante desvalorização do aluno dentro da instituição, com professores desinteressados ou anti-didáticos, frequentes assaltos e violência ao redor da faculdade e total carência de ações culturais. Estes são apenas alguns dos casos que constatam a carância da voz discente de uma instituição de ensino. Se as circunstâncias chegaram à este ponto, não pode-se colocar a culpa apenas naqueles que dirigem, mas também nos que tomam proveito do lugar, pois os alunos fazem parte do corpo da FACHA e, por isso, devem exercer os seus direitos e deveres.

Aqui, então, o coletivo se forma. Cabeças se unem para tentar reverter o quadro, para tentar salvar a vida e cultura do ambiente estudantil. Não estamos aqui para tentar fazer o que o outro não conseguiu. Não queremos um quê politicamente engajado. Somos mais do que políticos. Aqui está um grupo que, agregando, pretende aumentar o coro discente e mostrar para o nosso mundo que está na hora do revirar. Revirar com arte e cultura.

Os problemas sempre existirão, mas cabe a cada um de nós, que participa do cotidiano do lugar, saber onde se encaixa. No que pode ajudar para não continuarmos na mesmisse e no oculto. Cabe a cada um de nós levantarmos o megafone - até mesmo os invisíveis - e falarmos para o mundo: "Chega! Agora é a nossa vez!"

Nara Boechat

2 comentários:

Rabello Catavento disse...

Bom, acho que o recado está mais do que dado, não?! =] Marchando para o Futuro!!! Sempre!!!

Aruan

Circo Industrial disse...

Boa reflexão Nara!
É a indignação que nos leva à ação. Façamos com que mais ecos como esse reverberem mais, para que cheguemos ao uníssono que move montanhas.
Não sejamos apenas sonhadores, pois esses ainda dormem, sejamos sim insaciáveis na nossa fome por mudanças; pois os famintos são muitos e é o coletivo que promove as mudanças fundamentais.
Emerson Menezes.