quarta-feira, 22 de julho de 2009

A força transformadora do teatro de Augusto Boal está viva!


Os tambores de cá ressoam como os de lá

Assisti ontem, com espetacular prazer, a apresentação da peça "No Mama - Frutos da mesma árvore" do Grupo do Teatro do Oprimido Bissau, da Guiné-Bissau; dentro da Conferência Internacional do Teatro do Oprimido, no Teatro da Caixa Econômica Cultural.

A encenação cumpriu seu papel dentro da proposta do Teatro do Oprimido, quando apresentou uma narrativa com o conflito exposto e aguardou a intervenção do público para alterar seu fim, propondo-lhe novas perspectivas, novos desfechos e um outro proceder para as questões que se apresentam - questões essas secularíssimas, da relação opressor-oprimido.

Faz-nos pensar, que colocadas as devidas proporções culturais, o cerne da questão, calcado nas relações de poder; são de fato universais, pois do humano. Verificando-se, neste caso, que como os africanos, os tambores de cá ressoam como os de lá.

Assim, o público reagiu as provocações, impondo-lhe interferências na trama, propondo novas condições, tudo como era o objetivo de Augusto Boal - mantendo seus ideais vivos e pulsantes apesar de sua ausência.

Um acento deve ser observado, no cuidado do grupo à sua performance; quando no apuro, principalmente, da delimitação do espaço cênico; onde um boabá estilizado, pesado e leve - pois todo feito em tecidos e cordas foi cirúrgico na circunscrição da ação à terra natal do grupo, ajudando que a família tribal africana se situasse para a platéia.

Música, canto e dançam também merecem comentários, uma vez que em si, constituíram um espetáculo à parte. Foram ganhos dados em bom tom e tempo, bem justapostos na trama, ajustando-se mais ainda a percepção do tribal.

Hoje, quarta-feira, 22 de julho, outro grupo se apresentará dentro desse Fórum do T.O. - Grupo de Teatro do Oprimido Êta Nóis, de Anápolis, Goiás, com o espetáculo "Invasão"; às 20:30h no Teatro de Arena da Caixa Cultural RJ - Av. Almirante Barroso 25, Centro. Ingressos: R$10,00 inteira e R$5,00 meia. Imperdível!

Mais informações sobre a Conferência Internacional do Teatro do Oprimido, neste blog, no dia 3 de julho.

Emerson Menezes

segunda-feira, 20 de julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

ONG SORRISO - UMA BELA INICIATIVA!


ONG Sorriso faz um um trabalho super bonito no mundo todo e eles estão a caminho do Brasil no inicio de agosto fazendo uma triagem para cirurgias gratuitas em crianças. Repassem, de repente a gente consegue ajudar alguém!

Divulgação: Emerson Menezes (chequei a informação - é verdadeira)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Conferência Internacional de Teatro do Oprimido



De 20 até 26 de Julho acontece no Rio de Janeiro à 1ª Conferência Internacional de Teatro do Oprimido. O evento é um tributo a Augusto Boal e um marco histórico para a continuidade de sua obra, tendo como objetivos: ratificar os fundamentos políticos, filosóficos, estéticos e pedagógicos do Método do Teatro do Oprimido; analisar o impacto da aplicação do Método em diferentes áreas temáticas, nas diversas regiões do mundo; estimular a reflexão sobre o Movimento Internacional de Teatro do Oprimido e as perspectivas de sua organização; estruturar o Encontro Internacional que acontecerá em Julho de 2010, em Belém, dentro do Congresso Mundial IDEA.

25 países e 16 estados brasileiros participam da Conferência que ocupa três espaços no Centro do Rio. Representantes da Austrália, Israel, Palestina, Nepal, Paquistão, Índia, Suécia, Holanda, Áustria, Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Espanha, Portugal, Senegal, Guiné-Bissau, Sudão, Moçambique, Angola, Canadá, EUA, Porto Rico, Argentina, Uruguai e Brasil integram os painéis de discussão sobre o impacto do Teatro do Oprimido em diferentes áreas temáticas (cultura, política, educação, saúde, direitos humanos e zonas de conflito) e regiões do mundo. Ao final dos trabalhos haverá uma discussão a respeito dos desafios para o desenvolvimento de projetos locais e planejamento de ações de cooperação internacional.

O evento é uma realização do Centro do Teatro de Oprimido - CTO, com patrocínio do SESC Nacional e apoio da Caixa Econômica Federal.

A programação completa está disponível no site www.ctorio.org.br

Centro de Teatro do Oprimido - CTO

O Centro de Teatro do Oprimido, surgido em 1986, é um centro de pesquisa e difusão, que desenvolve metodologia específica do Teatro do Oprimido em laboratórios e seminários, ambos de caráter permanente, para revisão, experimentação, análise e sistematização de exercícios, jogos e técnicas teatrais. Nos laboratórios e seminários são elaborados e produzidos projetos sócio-culturais, espetáculos teatrais e produtos artísticos, tendo como alicerce a Estética do Oprimido.

A filosofia e as ações desta instituição visam à democratização dos meios de produção cultural, como forma de expansão intelectual de seus participantes, além da propagação do Teatro do Oprimido como meio, da ativação e do democrático fortalecimento da cidadania. O CTO implementa projetos que estimulam a participação ativa das camadas oprimidas da sociedade, e visam à transformação da realidade a partir do diálogo e através de meios estéticos.

Dessa forma o Centro de Teatro do Oprimido desenvolve projetos na área da educação, saúde mental, sistema prisional, pontos de cultura, movimentos sociais, comunidades, entre outros. Por conta de sua natureza humanística e do potencial do Teatro do Oprimido, está atuante em todo o Brasil e em países como Moçambique, Guiné Bissau, Angola e Senegal.

Mais informações:
Ney Motta – Ascom Centro de Teatro do Oprimido
(21) 2246-4532, 2539-2873 e 8718-1965
e-mail/skype: neymotta@terra.com.br
www.ctorio.org.br

domingo, 21 de junho de 2009

Escola da Artes Visuais do Parque Lage - O Jardim da Oposição

Exposição que documenta os cursos da Escola de Artes Visuais na época do desbunde, nos anos 70.

Maiores informações:
http://www.eavparquelage.org.br/jardim.html

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ato pelo Diploma de Jornalismo

DIPLOMA DE JORNALISMO: SIM!
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=91159985

RJ - Dados confirmados
Concentração: ABI
Horário: 10h
Data: 22/06/09
Usar Traje preto, levar um canudo simulando diploma, cartazes.
O movimento vai andar da ABI até o Palácio Tiradentes.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

SÉRIE SOBRE O GOLPE DE 64 SERÁ EXIBIDA NA TV BRASIL

A série "TRAVESSIA", de João Batista de Andrade, realizada para a TV Brasil, entra em cartaz hoje. São cinco capítulos, que vão ao ar até sexta feira (19 de junho), sempre às 20:30 hs, na TV Brasil.

Augusto Boal (esq.), que morreu em maio deste ano, participa da série


A série (que se tornará depois um longa-metragem) faz um levantamento de forma nova: de como o golpe de 1964 entrou em nossas vidas, como nos modificou, como realizamos essa "travessia" até a redemocratização. São depoimentos pessoais de gente conhecida, também de pessoas que passaram ao largo dos conflitos vividos por nós e de pessoas em lados opostos. São histórias de vida e reflexões a partir dessas vivências pessoais. E, para terminar, a perigosa travessia dos que precisaram fugir do país pelas fronteiras, como o próprio Luiz Carlos Prestes (travessia contada pelos então jovens estudantes que o levaram para o Uruguay). As primeiras informações de "Travessia" estão em http://www.tvbrasil.org.br/travessia/default.asp

Estão no filme:
- José Celso Martinez Correa ( autor, ator de teatro)
- Jean Claude Bernardet (autor, ator e critico de cinema)
- Maria Paula Caetano (organizadora das "Marchas da Família com Deus Pela Liberdade" em 1964)
- Augusto Boal ( autor e diretor de teatro)
- Aloysio Raulino -cineasta que, quando estudante levou Luiz Carlos Prestes para o Uruguai)
- Luna Alkalay - cineasta que, quando estudante levou Luiz Carlos Prestes para o Uruguai, com Aloysio
- Carlos Lyra (musico)
- Chico de Assis ( autor e ator de teatro e cinema)
- Almino Afonso ( ex Ministro do governo João Goulart)
- Wladmir Pomar (ex-dirigente PC do B)
- Carlos Eugênio Paz ( escritor e e-x militante ALN)
- Marco Antonio Tavares ( ex-dirigente PCB)
- Armênio Guedes ( ex-dirigente PCB)
- Clara Sharf (viuva de Carlos Marighella)
- Gildo Marçal Brandão ( jornalista, ex-militante PCB e pesquisador)
- Rodolfo Konder - jornalista
- Djalma Batista - cineasta
- Luis Tenório de Lima ( ex-sindicalista)

Divulgação: Oeste Filmes

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O STF julgará recurso contra o diploma dia 17 de junho

Adiado na tarde de 11 de junho, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a exigência do diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, foi remarcado para o dia 17 de junho. A Executiva da FENAJ reúne-se neste feriado de Corpus Christi para traçar novas estratégias da campanha em defesa do diploma neste momento decisivo para o futuro do jornalismo brasileiro.

Às 16h30, de 10 de junho, quando acompanhavam a sessão do Supremo Tribunal Federal, dirigentes da FENAJ foram informados de que o julgamento do processo sobre o diploma havia sido adiado, mas sem previsão de quando retornaria à pauta. Como a pauta das sessões é definida sempre na semana anterior e amanhã é feriado, a nova data foi definida nesta noite.

Outras matérias ordinárias também estarão incluídas na sessão da próxima semana. Mas a perspectiva é que com a definição da nova data o recurso sobre o diploma seja efetivamente apreciado. Às 9h desta quinta-feira, a Executiva da FENAJ, que está em vigília permanente, definirá os novos passos desta luta. O GT Coordenação Nacional da Campanha em defesa do Diploma também se reúne neste feriadão para tratar do assunto.

Com o processo de mobilização dos apoiadores da campanha intensificado nos últimos dias, a FENAJ e a coordenação do movimento esperam que as manifestações e articulações de novos apoios multipliquem-se com velocidade até o dia do julgamento.

“O fim da exigência do diploma para o exercício do Jornalismo significaria um grande golpe em nossa regulamentação profissional”, destaca Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e componente da coordenação da campanha em defesa do diploma. “Não podemos deixar que os destinos do jornalismo no país fiquem ainda mais à mercê dos interesses dos donos da mídia”, diz. “Nossa expectativa é de que o STF se posicione pela manutenção da obrigatoriedade da formação. Mas para que isto se confirme, precisamos, todos, seguir firmes na luta”, conclui.

Fonte: FENAJ
http://www.difusora1340.com.br/noticia.asp?id=7591

Difusora 1340 / Iramar Ferreira

sexta-feira, 5 de junho de 2009

e-brigade: um exemplo para o Dia Mundial do Meio Ambiente e Ecologia

e-brigade, obrigado!

Emerson Menezes, estudante de Jornalismo

Neste 5 de junho, dia Mundial do Meio Ambiente e Ecologia, é importante refletir sobre as iniciativas de uma empresa brasileira de sucesso, que em mais um gesto empreendedor, vislumbrou na natureza uma aliada e não a simples fornecedora de matéria-prima.

Num mundo onde as iniciativas de atuação na responsabilidade sócio-ambiental, por menor que sejam, são sempre salutares e muito bem vindas, é importante que se dê o devido valor às propostas fomentadas no setor privado; pois até mesmo o governo, trava com certa dificuldade - o assunto é espinhoso e internamente contraditório – das regulamentações necessárias para o devido encaminhamento das questões ambientais; como se verifica no caso da demarcação da Reserva Indígena Raposo do Sol e as últimas questões, referentes à regularização das terras da região amazônica (Projeto Amazônia Legal).

A opinião-pública, por sua vez, busca cada vez mais, por informações que a adéqüem e a orientem no sentido de consumos mais eficientes e ambientalmente aproveitáveis. E assim, a sociedade clama pelo cuidado, com aquilo ao qual não apenas está inserida, como, também, necessita para sua própria sobrevivência.

Desta forma, como é grande o número de iniciativas de cunho sócio-ambiental, que vai de instituições governamentais à ONGs, que se preocupam com estas questões, é importante focar nas iniciativas privadas de sucesso e que devem ser tratadas como modelo disseminador, para que este mundo se faça de fato possível e todos, incondicionalmente, sejamos agradecidos por isso.

Sob a coordenação de Oskar Metsavaht, dono da Osklen, que em si já é um exemplo de superação, pois começou da adversidade de vender casacos de frio, na ensolarada Rua das Pedras, em Búzios; que se vislumbra a e-brigade. A e-brigade extrapola as questões pertinentes a uma grife de moda, vai além. É um Instituto e, como tal, avança em seu fecundo papel de comunicar à sociedade sobre as novas possibilidades de consumo consciente, elaborando normas, condutas e práticas ecologicamente sustentáveis. Assim, a utilização de materiais de origens recicladas, orgânicas, naturais e/ou artesanais, produzidos por comunidades (indígenas, quilombolas e ribeirinhas), e cooperativas, atreladas à própria indústria; são as circunstâncias que tornam esta empresa no diferencial do mercado.

Não sou um garoto-propaganda dessa empresa, e muito menos um consumidor voraz de seus produtos. Mas como todo estudante de Jornalismo, aprendo que, apurar uma matéria, não só lhe dá vigor, como consistência; busco, portanto, o conhecimento, para disseminar e propagar a todos que há sim, outras formas de fabrico e consumo, para que respeitemos a natureza, pois, com/como ela gostaríamos de ser respeitados, deixo abaixo o link da mesma, pois este assunto é muito promissor e cabe que saibamos mais.

Neste dia Mundial do Meio Ambiente e Ecologia não posso, portanto, abster-me de agradecimentos, pois todos nós somos partícipes neste processo: por suas valorosas iniciativas e contribuições, por suas orientações com a Carta da Terra, por suas práticas atreladas à Agenda 21 e por seus esforços de ampliação do Protocolo de Kyoto, obrigado e-brigade!
http://www.e-brigade.org

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Espaço aberto para os alunos que produzem - Prata da Casa da Facha

Bem-vindos à Muniz Barreto

Rua Muniz Barreto, 55, é o número do seu futuro. Neste local acontece todo o processo para você se tornar melhor do que é - pelo menos um pouco. Não devíamos, mas confiamos em lugares que freqüentamos rotineiramente, como se uma bolha mágica de proteção se formasse pelos anos de relação e vínculo que adquirimos como personagem deste cenário.

Ontem, dia 4 / 6, um dia frio e uma típica quarta-feira estranha em "Beverly town" (Campus I) após o intervalo: umas pessoas aqui, outras lá e na porta, peças de sempre como a 'moça da pipoca' e Leo, o eterno fachista. Registrei um momento em que ele falava, inclusive, de Vinicius de Moraes (!?!) para um grupo de colegas meus do blog “Banheira do Vinicius”, para disciplina de Documentação Gráfica, do qual sou editora junto a outros. Estava tudo muito interessante, intrigante e antropológico - como sempre é.

Num frio canadense como este que está fazendo, pensei que seria ótimo tomar um capuccino (café, chá, até água quente mesmo) com os amigos, também alunos de B.T e fizemos o que qualquer ser humano poderia fazer: andar! Seguimos pela rua Muniz Barreto, sem iluminação, para dobrar numa esquina e naturalmente sair na Praia de Botafogo. Enquanto andávamos, pivetes do outro lado da calçada notaram que não tínhamos notado a presença deles. Um atravessou, apertamos o passo, ele também apertou, apertamos mais ainda e atravessou o outro, que iria "ajudá-lo", provavelmente. Corremos.

Parecia uma releitura do filme “Dançando no escuro” de Lars Von Trier, só que o nosso era “Correndo sonolentos e cansados dos pivetes no escuro”. Não ganhamos nenhuma indicação para o festival de Cannes, não tinha um diretor para gritar “corta”. Conclui-se, então que a RIOLUZ poderia se chamar RIOTREVAS? Assim, o mercado de lanternas e pisca-pisca de árvore de natal iria crescer bastante e a Rua Muniz Barreto iria ser exemplo de workshops de “como usar tecnologias antigas para nos safar das situações atuais”. Não basta somente pagarmos mensalidade e estudarmos, temos de ser um pouco Chuck Norris.

Como diz um comercial por aí: "Essa é a nossa vida, esse é o nosso mundo", essa é a Muniz Barreto.




Liana Dantas é carioca, pisciana, tem um blog chamado 'E Agora José?', cursa o 5º período de Jornalismo na Facha de Botafogo e tem medo de borboletas.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Com Chacrinha e Baudelaire

Arthur Poerner*

Internauta de primeiras viagens, com menos de dois anos de navegação, já há algum tempo venho sendo estimulado por amigos e leitores a criar um blogue (assim mesmo, antropofagicamente aportuguesado). Afinal, segundo eles, com quase meio século de jornalismo, eu deveria dispor de um espaço próprio para dar o meu recado e expressar as minhas opiniões, fora dos eventualmente disponíveis nas palestras e na mídia. E a internet abre, democraticamente, o caminho para isso, na medida em que proporciona a todos a alternativa de deixarem de ser apenas passivos consumidores de mídia. Não há contra-indicação: se todos resolvessem construir blogues pessoais, o único inconveniente possível, mas improvável, é acabarmos falando sozinhos, mas o monólogo ainda seria, diante da vida, opção mais criativa do que a postura de inércia da maioria dos meros leitores, ouvintes e/ou telespectadores. A participação é, afinal, um dos pressupostos não só da democracia, mas da própria vida.

Também há tempo, no entanto, ando ocupado com três projetos de livros: a 2ª edição do Leme: viagem ao fundo da noite; a gravação das minhas memórias; e uma coletânea de artigos publicados ao longo da carreira, por sugestão do meu amigo Michel Misse, professor de Sociologia do IFCS/RJ e também escritor. O blogue seria, portanto, um quarto item numa agenda que já me absorve por inteiro, ainda que não me obrigue a postagens diárias.

Foi nesse momento de avaliação dos prós e contras que se fizeram ouvir, dos desvãos da memória, dois argumentos decisivos e definitivos: “É preciso ser um homem do seu tempo” (Charles Baudelaire) e “Quem não se comunica se trumbica” (Abelardo Barbosa, o Chacrinha). Vozes distanciadas pelo tempo em que viveram e, inclusive, dissidentes – por exemplo, quanto ao domingo, pois o francês detestava o dia da semana em que o pernambucano atingia o orgasmo do seu protagonismo midiático – confluíram, assim, para me engajar, às vésperas dos 70 anos, numa nova experiência, um novo aprendizado.

Não quero me trumbicar, deixando de me comunicar e de ser um homem do meu tempo. E o blogue está aí, fundindo, numa síntese dialética, os artigos que continuo coletando do passado com as impressões, imagens e opiniões do presente. Desde já, com inquietante saudade do futuro, da completude que ainda está por vir.

*Arthur Poerner é jornalista e participou do evento "1968: uma liberdade com expressão". Colabora com o grupo Circo Industrial.

Confiram: http://arthurpoerner.blogspot.com/

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Estudantes de Comunicação publicam Revista Eletrônica pela Internet


A revista virtual Manga com Leite está no ar. O novo veículo de comunicação partiu da iniciativa dos alunos do curso de jornalismo das Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA) no Méier, subúrbio carioca. Decididos a publicar reportagens, resenhas, ilustrações, artigos e etc., os alunos da disciplina de Redação e Edição em Impressos se apropriaram das ferramentas disponíveis na internet e produziram 28 páginas com informações variadas a custo zero. O trabalho pode ser visitado no site http://mangacomleite.webnode.com/a-revista/.

Com a proposta de promover experimentos, jornalismo e outras hipóteses, os alunos enfrentaram as dificuldades de impressão do Jornal Laboratório e as limitações de cor e tiragem com criatividade. Para a rede, os estudantes puderam produzir um veículo totalmente colorido, sem limite de páginas, com imagens livres de direitos autorais ou feitas com equipamentos próprios. Foi também possível testar ferramentas eletrônicas que auxiliam a virada de páginas e até colocam a marca da revista no endereço do site. A criação do site foi do aluno Rafael Queres (rafaelqueres@gmail.com) que se dedicou integralmente a realização do projeto.

A concepção da revista foi coletiva. Os alunos puderam indicar pautas e realizar reportagens com a orientação da professora (maracyguimaraes@gmail.com), mas coube a todos a aprovação do material publicado. Da mesma maneira surgiu o nome: Manga com Leite. A escolha foi em sala com muitas idéias esquisitas, passando por “As Perseguidas”, “O Mesmo”, “Os Sapos” e, até, “Amostra Grátis”. No final, ninguém lembrava quem deu a idéia da Manga com Leite... Mas a história todos conheciam: Manga com leite mata. A lenda surgiu na época colonial e foi usada pelos senhores de escravos para impedir que os servos comessem o fruto, considerado de valor nobre, tendo em vista que o leite era abundante nas fazendas.

Repercussão

Antes mesmo da edição da Manga com Leite estar disponível, o veículo começou a ser divulgado em comunidades do Orkut, no MSN e no Twitter. O resultado surpreendeu aos idealizadores. Muitos estudantes e recém formados em jornalismo fizeram contato para participar da empreitada. Teve gente de São Paulo, Salvador e de outras faculdades interessados em dispor de um espaço para publicar. Outros enviaram currículos e, até, pretensão salarial.

Para a segunda edição, o acesso aos colaboradores está aberto. Não há restrição de assuntos, mas a publicação vai depender da aprovação de toda a equipe. Assim, os alunos podem exercer, na prática, o direito a liberdade de expressão enquanto assumem publicamente a responsabilidade de fazer do jornalismo um exercício constante de aperfeiçoamento e confiabilidade da informação independente da obrigatoriedade do diploma ou não.

sábado, 23 de maio de 2009

Campanha Circo Solidário

sábado, 16 de maio de 2009

Espaço aberto para os alunos que produzem - Prata da Casa da FACHA


Começar, continuar, conversar e entender

Neste caso específico, criei um BLOG para aperfeiçoar meu estilo próprio de escrever - Já que no jornalismo exercitamos apenas a técnica, de maneira a dinamizar o trabalho, transformamos nossos textos em produtos comerciais ou informações ocasionais.

As minhas expectativas em relação aos blogs eram poucas, ou pelo menos, desejava apenas criar algum que fosse de interesse público. Algo para se ler e descobrir um fato, ou alguma história nova, pois não desejava transformá-lo numa arma de usufruto exclusivo.

Pois bem, o próximo passo foi focar nos assuntos que mais me interessava. Realmente não é fácil, , mas através do compromisso diário passei a dedicar-me uma hora exclusivamente para alimentar o conteúdo das páginas. Como conseqüências, mesmo recente para dizer isso, muitas raízes foram cultivadas naqueles textos. E futuramente, espero relê-los e tirar minhas próprias conclusões a respeito dos assuntos abordados nos post’s. Afinal, as palavras estão ali expressas, registradas no sistema...

Eis o endereço:

http://www.fiscalizandoeduardopaes.blogspot.com/

Alexandre Sobral R. Horta, estudante de Jornalismo

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Atividade artística, para a campanha Circo Solidário

[amarelo + azul = verde /
azul + vermelho = violeta /
vermelho + amarelo = laranja]

A fórmula é simples,
mas o resultado pode ser grandioso!

O Circo Industrial convida a todos, para um gesto simples, mas carregado de sentido: a pintura das caixas de coleta da campanha Circo Solidário. Na Facha (campus I), Rua Muniz Barreto, 51, Botafogo. Neste sábado, dia 16 de maio, às 10h.

Técnica que será empregada:

A tinta que será usada para a pintura é a têmpera. Como se trata de uma tinta de base aquosa
, própria para superfícies mais lisas, ou seja, com poucas rugosidades e imperfeições; será preciso lixá-las e cobri-las com uma camada de massa corrida.

As cores que serão usadas neste processo, são as básicas: amarelo, azul e o vermelho, no qual o exercício da mistura será empreendido.

O grupo disponibilizará os pincéis e godês de mistura, levem apenas a disposição e a criatividade!

Em caso de chuva, e como serão apenas duas caixas a pintar, poderemos usar o espaço do DCE para esta atividade.

Abraço a todos!

Emerson Menezes.