quinta-feira, 4 de junho de 2009

Espaço aberto para os alunos que produzem - Prata da Casa da Facha

Bem-vindos à Muniz Barreto

Rua Muniz Barreto, 55, é o número do seu futuro. Neste local acontece todo o processo para você se tornar melhor do que é - pelo menos um pouco. Não devíamos, mas confiamos em lugares que freqüentamos rotineiramente, como se uma bolha mágica de proteção se formasse pelos anos de relação e vínculo que adquirimos como personagem deste cenário.

Ontem, dia 4 / 6, um dia frio e uma típica quarta-feira estranha em "Beverly town" (Campus I) após o intervalo: umas pessoas aqui, outras lá e na porta, peças de sempre como a 'moça da pipoca' e Leo, o eterno fachista. Registrei um momento em que ele falava, inclusive, de Vinicius de Moraes (!?!) para um grupo de colegas meus do blog “Banheira do Vinicius”, para disciplina de Documentação Gráfica, do qual sou editora junto a outros. Estava tudo muito interessante, intrigante e antropológico - como sempre é.

Num frio canadense como este que está fazendo, pensei que seria ótimo tomar um capuccino (café, chá, até água quente mesmo) com os amigos, também alunos de B.T e fizemos o que qualquer ser humano poderia fazer: andar! Seguimos pela rua Muniz Barreto, sem iluminação, para dobrar numa esquina e naturalmente sair na Praia de Botafogo. Enquanto andávamos, pivetes do outro lado da calçada notaram que não tínhamos notado a presença deles. Um atravessou, apertamos o passo, ele também apertou, apertamos mais ainda e atravessou o outro, que iria "ajudá-lo", provavelmente. Corremos.

Parecia uma releitura do filme “Dançando no escuro” de Lars Von Trier, só que o nosso era “Correndo sonolentos e cansados dos pivetes no escuro”. Não ganhamos nenhuma indicação para o festival de Cannes, não tinha um diretor para gritar “corta”. Conclui-se, então que a RIOLUZ poderia se chamar RIOTREVAS? Assim, o mercado de lanternas e pisca-pisca de árvore de natal iria crescer bastante e a Rua Muniz Barreto iria ser exemplo de workshops de “como usar tecnologias antigas para nos safar das situações atuais”. Não basta somente pagarmos mensalidade e estudarmos, temos de ser um pouco Chuck Norris.

Como diz um comercial por aí: "Essa é a nossa vida, esse é o nosso mundo", essa é a Muniz Barreto.




Liana Dantas é carioca, pisciana, tem um blog chamado 'E Agora José?', cursa o 5º período de Jornalismo na Facha de Botafogo e tem medo de borboletas.

2 comentários:

Emerson Menezes disse...

Esta questão da iluminação na Muniz Barreto é preocupante, pois é reincidente. Vez ou outra, as luzes se encontram apagadas, pondo em risco os transeuntes que usam essa via.

Seria muito bom, que o nosso atual alcaide, além dos choques de ordem que vem promovendo por lá, retirando os carros dessa via; pudesse também, dar um choque de luz e manter a iluminação, assim como, um correto policiamento, pois a guarda-municipal fica ali bem próxima.

Será que algo mais grave terá que acontecer, para que medidas cabíveis sejam impetradas? Esperamos todos que não.

Bom texto Liana!

liana #2 disse...

Obrigada Emerson!
Concordo contigo. E mais,a faculdade é frequentada por pessoas de todos os polos da cidade, ou seja, todos os caminhos são utilizados ao redor e são escuros e sem policiamento.

Esse estilo de vida São Tomé "ver (a merda) para crer(que tem que fazer algo)" que o Brasil leva, é complicadíssimo. Graças a Deus, ninguém sofreu nada. Só um ataque de nervos.